segunda-feira, 20 de abril de 2009

Dibujo en el Aire

Às vezes acontece-nos assim... Ouvimos uma música e uma história acontece-nos cá dentro. Foi o caso do "Dibujo en el aire" dos Chambao. De alguma forma, a letra desta música inspirou a história penada no dia 15 de Abril - Desenhos no Ar. Curiosamente, é uma música que diz pouco à protagonista da mesma...





Chambao - Dibujo en el aire

Ya no quiero vivir con los temores
que prefiero entregarme a la ilusión
y lo que creo, defenderlo con firmeza,
sin historias que me abulten el colchón

Y si un día me siento transformado
y decido reorientar la dirección,
tomare un nuevo rumbo sin prejuicios
porque en el cambio esta la evolución

Evolucion, en el cambio esta la evolución

Que mi camino se encuentre iluminado
y la negrura no enturbie el corazón
discernimiento al escoger entre los frutos,
decision para subir otro escalón
Vivir el presente hacia el futuro
guardar el pasado en el arcón,
trabajar por el cambio de conciencia,
dibujar en el aire una canción

Una cancion en el aire una canción...

2 comentários:

myrna disse...

Como eu percebo a Sónia! Se bem que esta música (e letra) seja linda e,de alguma forma esteja ligada ao conceito da mudança operada na Sónia (descrita no post anterior), contrariamente à Sónia, esta letra apela para a "arrumação" de um passado "num baú"... E a Sónia (tanto quanto eu, também, por exemplo)aprendeu a renovar o passado e a olhá-lo sob outro olhar, por vezes até mais denso, consciente e introspectivo, dando ainda mais sentido através da vida presente. Chama-se a isso, reconciliar-se consigo mesmo, com todo o seu ser global. Além disso, nem a Sónia se entrega às ilusões (nem eu), porque somos demasiado "terra a terra" para tal... Aprendemos a viver com expectativas, talvez menos elevadas, e encantamo-nos quando as conseguimos superar, dando-nos mais energia e ânimo para continuar o nosso caminhar com sentido.
(de um Carneirinho que percebe outro Carneirinho... heheheh)

La Payita disse...

Perante o comentário da Mirna, não posso deixar de esclarecer algumas questões, que podem ter ficado menos explícitas. Riscos que se correm quando se opta por penar um "conto" e não um "pachadrom". Risco calculado, e que valeu a pena...

Esta música inspira a história enquanto organizadora "linguística" do conto. Perguntei à Sónia que significado tinha para ela por pura curiosidade. Dentro de mim, a história estava escrita. E penso que dirá pouco à Sónia mais por ser uma música com menos "sonido" flamenco, que pelo significado da letra. Só ela o poderá dizer...

Como em toda a palavra escrita e/ou na poesia, a interpretação desta letra é pessoal. E expressões como "ilusión" ou "guardar el pasado en el arcón" terão o significado que quisermos atribuir.

Prefiro olhar para esta música como o "arregaçar de mangas" e lutarmos por aquilo em que acreditamos, enfrentando os desafios que encontramos pelo caminho. Acreditando nos nossos sonhos. Ir desenhando a nossa canção...

E foi assim que a entendi. Não foi minha intenção transmitir a mensagem de que as pessoas deixam de ser quem são, quando fazem escolhas diferentes e lutam por elas. Podemos ser quem somos, realizarmos as nossas aspirações profissionais e pessoais, respeitando as nossas referências culturais. Mas, como escrevia a narrada num comentário, nem tudo é um mar de rosas. É preciso muita CORAGEM, ORGULHO, DETERMINAÇÃO...

E é preciso entregarmo-nos à ilusão. E aqui, Myrna, não concordo contigo. Ter sentido prático, saber gerir expectativas, não é incompatível com a luta pela concretização dos nossos sonhos.

Aliás, penso que não será por acaso que um dos Projectos da AMUCIP se designou por "P'lo sonho é que vamos"...

... Porque o Sonho comanda a vida!