E quem sabe? Para o ano na Festa bailamos esta? Vamo' ya! Olé!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
skip to main |
skip to sidebar
"Se sou diferente de ti, longe de te prejudicar, aumento-te." Saint-Exupéry
Este "caderno de histórias" é para ser partilhado, vivido e contado por todos(as) aqueles(as) que resistem à formatação social e que teimosamente percorrem com passitos nómadas os caminhos da liberdade...
E nunca teria saído do "prelo" sem a cumplicidade e a magia, da Fiona e da Myrna. Um OLÉ! com Duende para elas...
E nunca teria saído do "prelo" sem a cumplicidade e a magia, da Fiona e da Myrna. Um OLÉ! com Duende para elas...
Quem Sou Eu?
Las Araquerar
Tournée
Dia 24 Jul - Pr. Município - Torres Vedras - 15 h
Dia 19 Dez - Soc. Recreativa 5 de Outubro, Paio Pires - 16 h
Dia 04 Out - Soc. Recreativa 5 de Outubro - 21 h
Dia 12 Set - Teatro Eduardo Brazão, Bombarral - 21,30 h
Dia 6 Set - Festa do Avante, Org. Viseu - 16 h
Dia 5 Set - Festa do Avante, Espaço Mulher - 18 h
Dia 19 Jun - Residência Universitária, Setúbal - 21 h
Dia 30 Mai - Museu do Trabalho, Setúbal - 16 h
Dia 20 Mai - Parque Verde da Bela Vista, Setúbal - 19,30 h
Dia 01 Mai - Soc. Recreativa 5 de Outubro, Paio Pires - Noite
Dia 30 Abr - SFOA, Amora - Noite
Dia 26 Abr - Parque das Paivas, Seixal - A partir das 15 h
Dia 20 Dez - Soc. Recreativa 5 de Outubro - 17 h
Dia 22 Nov - Capricho Setubalense - 21 h
Dia 21 Nov - Universidade Porto Brandão - 21 h
Dia 20 Set - Soc. Recreativa 5 de Outubro - 16 h
Dia 7 Set - Festa do Avante - Espaço Mulher - 16 h
Dia 6 Set - Festa do Avante - Palco Setúbal - 18 h
Dia 24 Jul - Pr. Município - Torres Vedras - 15 h
Dia 19 Dez - Soc. Recreativa 5 de Outubro, Paio Pires - 16 h
Dia 04 Out - Soc. Recreativa 5 de Outubro - 21 h
Dia 12 Set - Teatro Eduardo Brazão, Bombarral - 21,30 h
Dia 6 Set - Festa do Avante, Org. Viseu - 16 h
Dia 5 Set - Festa do Avante, Espaço Mulher - 18 h
Dia 19 Jun - Residência Universitária, Setúbal - 21 h
Dia 30 Mai - Museu do Trabalho, Setúbal - 16 h
Dia 20 Mai - Parque Verde da Bela Vista, Setúbal - 19,30 h
Dia 01 Mai - Soc. Recreativa 5 de Outubro, Paio Pires - Noite
Dia 30 Abr - SFOA, Amora - Noite
Dia 26 Abr - Parque das Paivas, Seixal - A partir das 15 h
Dia 20 Dez - Soc. Recreativa 5 de Outubro - 17 h
Dia 22 Nov - Capricho Setubalense - 21 h
Dia 21 Nov - Universidade Porto Brandão - 21 h
Dia 20 Set - Soc. Recreativa 5 de Outubro - 16 h
Dia 7 Set - Festa do Avante - Espaço Mulher - 16 h
Dia 6 Set - Festa do Avante - Palco Setúbal - 18 h
Coisas com Duende
Palavras Mágicas
Léxico Romanon/Calon - Português
- Amale - Amigos
- Andecrelar - Caminhar
- Aocaná - Agora
- Araquerar - Falar, Conversar
- Argurar - Sofrer
- Barbaló - Rico
- Barí - Essência, Virtude, Jóia
- Brincunchar - Brincar
- Buti - Trabalho
- Butré - Muito
- Calon - Cigano
- Camelar - Amar
- Cámepe - Amor
- Chaborilhos - Crianças ciganas
- Chanelar - Entender
- Charaburri - Triste
- Chororó - Pobre
- Colcorró - Sozinho
- Dedinhar - Dançar
- Dicar - Ver
- Drabarav - Ler
- Drom - Caminho
- Dyene - Pessoas
- Gadjó - Não cigano
- Garlochí - Coração
- Gozuncha - Alegria
- Guilhadar - Bailar, Cantar
- Jacharar - Zangado
- Lachi - Feliz
- Lacorilhos - Crianças não ciganas
- Lequevav - Escrever
- Môl - Vinho
- Narrar - Ir embora
- Orobelar - Chorar, Lamentar
- Pacha - Vida
- Pachi - Vergonha
- Payo - Não cigano
- Penar - Dizer, contar
- Perguntecelar - Perguntar
- Quehonche - Ódio
- Rom/Roma - Cigano/s
- Romanon/Calon - Língua dos ciganos
- Salar - Rir
- Siklav - Aprender
- Sinhela - Verdade
- Sinhelar - Ser
- Siruga - Música
- Techarí - Liberdade
- Tsira - Pouco
- Vaqueripen - Conversação
- Vengue - Duende
- Zueno - Beijo
A Compás
- Alegrías - Palo do grupo das Cantiñas, próprio de Cádiz.
- Arza! - Jaleo que vem do dialecto andaluz e que significa "alça". Voz sinónima de "Olé!".
- Baile - Dança muito expressiva, improvisada ao longo do palo.
- Braceos - Movimentos do baile flamenco executados com os braços.
- Bulerías - Palo do grupo das Soleares, de carácter festivo.
- Cante - Essência do flamenco. Surgiu no séc. XVIII. Apresenta regras musicais e poéticas específicas.
- Compás - Medida de uma frase rítmica, com acentos específicos.
- Coplas - Estruturas poéticas do cante, nas quais se organizam os versos.
- Cuadro Flamenco - Conjunto de intérpretes de baile, cante e toque flamencos.
- Duende -Palavra usada para definir a inspiração, o sentimento, a emoção e a magia intrínseca do Flamenco.
- Fandango - Dos mais importantes palos, com muitas formas e variações em toda a Andaluzia.
- Flamenco - Manifestação cultural que surgiu na Andaluzia no séc. XVIII. Influenciado pelos gitanos, árabes e judeus.
- Golpe - Batida do pé inteiro no chão.
- Jalear - Acto de acompanhar e animar o cante, baile ou toque, com palmas e exclamações. Incitamentos.
- Jondo - Adjectivo que se aplica ao cante flamenco mais puro, profundo e com força expressiva.
- Olé! - Jaleo que se pensa ter origem na palavra hebraica joleh, que significa "puxar para cima".
- Palmas - Forma de acompanhar o cante. Existem vários tipos: abafada (sorda), dobrada (redoblás), natural.
- Palo - Cada um dos estilos do flamenco, distinguindo-se pelo compasso, tema, origem geográfica, intenção... São agrupados em famílias.
- Palos de Ida y Vuelta - Palos influenciados pelo folclore latino-americano. É o caso da Rumba.
- Planta - Batida da meia ponta do pé no chão.
- Rumbas - Palo de Ida y Vuelta, de compasso binário.
- Sapateado - Surgiu por volta do séc. XIX. Pode aparecer sozinho, em momentos de maior intensidade ou arremate.
- Sevilhanas - Palo muitas vezes excluído do Flamenco. Com coreografia própria, dividida em 4 partes, com 3 coplas cada.
- Soleares - Da palavra "solidão". Consideradas a origem do flamenco e o palo mais dinâmico e representativo da cultura cigana. Soleá, no singular.
- Tablao - Cenário para a actuação dos artistas.
- Taco - Batida do salto do sapato no chão.
- Tangos - Palo básico, com várias modalidades, de Cádiz, Triana, Jerez e Malaga.
- Toque - Acção e efeito de tocar a guitarra flamenca.
- Zambra - Festa mourisca com música e algazarra. Posteriormente, festa dos gitanos andaluces.
3 comentários:
E Viva a Liberdade e a resistência:
Amig@, resiste!
Quando invadem as tuas paisagens,
E pisam as tuas flores.
Quando queimam as tuas sementes,
E afogam as tuas esperanças.
Quando a raiva te saqueia
E a vingança te consome…
Amig@, resiste…
Resiste à tentação fácil
De retribuir à força do poder
O poder da força.
Amig@, resiste…
Faz do teu sonho devassado,
A força da utopia desejada,
O poder da tua mente.
Amig@, resiste…
Com bravura e honradez.
Faz da injustiça sofrida,
A força do teu caminhar,
O poder do teu carácter.
Amig@, resiste…
Com sonhos por alcançar.
Amig@, resiste…
O tempo do poder esgota-se
E o poder do tempo fortalece-te.
Amig@, resiste…
A força está no tempo resistido,
No sonho perseguido,
Na honra do teu trilhar.
Mirna Val-do-Rio, Dançando a Vida,2002/200...
«Canta, poeta, canta!
Violenta o silêncio conformado.
Cega com outra luz a luz do dia.
Desassossega o mundo sossegado.
Ensina a cada alma a sua rebeldia.» Miguel Torga
Últimos preparativos no camarim improvisado, num corrupio contra o tempo. Tic-tac... Tic-tac. Um retoque final na maquilhagem. Tic-tac. Já falta pouco tempo. O coração agita-se e marca o ritmo. Pum-pum... Pum-pum.... Preparam-se para o receber.
Tudo pronto. Tic. É hora! Tac. Dirigem-se ao palco com os nervos a aflorar a pele. Tic-tac... Pum...pum...
“- Será que ele vem?” Pum-pum... Pum-pum.... Pisam o tablao. Tomam as suas posições. Fitam o chão. “- Deve estar a chegar?” Pum-pum... Inspiram um último fôlego, um último trago de coragem. Descolam o olhar do chão e colam-no ao público que aguarda. Pum! É o momento!
Erguem os braços e os seus olhos acompanham esse movimento, uma súplica aos céus para que ele chegue rapidamente, para que as inspire naquele momento. “- Vem depressa. Aqui te aguardamos.”
O coração continua a entoar o seu cântico dentro do peito. Pum-pum... Pum-pum... Pum-pum...Pum-pum... Ao som das guitarras, inicia-se a dança e os golpes fazem gemer o tablao que estremece sacudido pelo vigor dos daquelas chamamento compassado: Pam-pam! Pam-pam! Porque é disso que se trata, de um chamamento, de uma invocação! E de repente, sentem-no! Aí está ele! E todo ele é vermelho e negro. Vermelho fogo, vermelho sangue, vermelho paixão; negro morte. Fogo que aquece o sangue e inflama paixões. Paixões que são a vida e que são a morte.
E ele sobe como uma brisa, gira em torno delas em volteios de vento e rodopios de furacão. Cola-se à sua pele, entranha-se nela, fazendo de cada poro porta de entrada e incendeia-lhes o sangue.
Pum-pum... Pum-pum... Pum-pum... Grita o coração dentro do peito embriagado em labaredas rubras de excitação.
Ele olha-as. Elas sentem-no. Elas olham-se. “- Ele está entre nós. Ele está em nós!” E todos unidos nessa cumplicidade, fundidos numa só alma, continuam a sua dança, vermelha de Amor exaltado pela Paixão. Pam-pam... Pam-pam... Pam! Golpe final, no tablao. Estocada final, negra.
Ele olha-as e esboça um sorriso. É hora de partir. Tic-tac. Chamam-no noutro lugar. Elas sentem-no partir, olham entre si e erguem as mãos aos céus num agradecimento esticando os dedos como que tocando as estrelas, como acariciando aquele que há-de regressar. Elas sabem que sim.
Enviar um comentário